domingo, 21 de março de 2010

Educação e Comunidade

No ano de 2009 observamos, por diversos motivos, a necessidade de informar e conscientizar a comunidade em que a nossa escola esta inserida, a importância dos direitos das crianças, além dos deveres e direitos de seus responsáveis.
Iniciamos com um convite para uma conversa com uma psicóloga onde o tema era: “A difícil tarefa de Educar”. Através desse bate-papo, informamos, compreendemos e orientamos as dúvidas apresentadas pelos pais e assim, conseguimos estabelecer uma parceria para desenvolver o tema com tranqüilidade pensando sempre na melhoria do bem estar das nossas crianças.
Como produto final as crianças manifestaram através de desenhos o que entenderam desse assunto e os mesmos decoraram o muro da escola.

Uma breve história dos direitos das crianças

A história dos direitos das crianças surge logo após a Declaração dos direitos do homem e do cidadão. Já no inicio do século XX a idéia de cidadania estava bem difundida e o mundo passava por mudanças nas esferas, social, política e econômica o que contribuiu para a qualidade de vida das pessoas. Faltavam, no entanto, documentos que registrassem direitos específicos da criança, garantindo condições de básicas para crescer e desenvolver de forma saudável. Em 1924, foi redigida a primeira “Declaração dos direitos da criança”, pela Liga das Nações. Após a segunda guerra mundial e a morte de muitas crianças foi criada a ONU em 1946 (em substituição a Liga das Nações) e também a UNICEF que ficou encarregado inicialmente de dar assistência as crianças vitimas de guerra na Europa, Oriente Médio e China e mais tarde passou atuar no resto do mundo.
Em 1948, a ONU aprovou a “Declaração universal dos direitos humanos esse documento afirma que “todos os seres humanos nascem livres e iguais, em dignidade e direitos” e valoriza o papel da família na sociedade ao pedir que se dediquem cuidados especiais à maternidade e à infância. A Declaração dos direitos das crianças vigente até hoje foi instituída pela ONU em 1959.

PRINCÍPIO 1º - Toda criança será beneficiada por esses direitos, sem nenhuma discriminação por raça, cor, sexo, língua, religião, país de origem, classe social ou riqueza. Toda e qualquer criança do mundo deve ter seus direitos respeitados!




PRINCÍPIO 2º - Toda criança tem direito a proteção especial, e a todas as facilidades e oportunidades para se desenvolver plenamente, com liberdade e dignidade.




PRINCÍPIO 3º - Desde o dia em que nasce, toda criança tem direito a um nome e uma nacionalidade, ou seja, ser cidadão de um país.



PRINCÍPIO 4º - As crianças têm direito à crescer com saúde. Para isso, as futuras mamães também têm direito a cuidados especiais, para que seus filhos possam nascer saudáveis. Toda criança também têm direito a alimentação, habitação, recreação e assistência médica!

PRINCÍPIO 5º - Crianças com deficiência física ou mental devem receber educação e cuidados especiais! Porque elas merecem respeito como qualquer criança!


PRINCÍPIO 6º - Toda criança deve crescer em um ambiente de amor, segurança e compreensão. As crianças devem ser criadas sob o cuidado dos pais, e as pequenas jamais deverão separar-se da mãe, a menos que seja necessário. O governo e a sociedade têm a obrigação de fornecer cuidados especiais para as crianças que não têm família nem dinheiro para viver decentemente.


PRINCÍPIO 7º - Toda criança tem direito de receber educação primária gratuita, e também de qualidade, para que possa ter oportunidades iguais para desenvolver suas habilidades. E como brincar também é um jeito gostoso de aprender, as crianças também têm todo o direito de brincar e se divertir!

PRINCÍPIO 8º - Seja em uma emergência ou acidente, ou em qualquer outro caso, a criança deverá ser a primeira a receber proteção e socorro dos adultos.

PRINCÍPIO 9º - Nenhuma criança deverá sofrer por pouco caso dos responsáveis ou do governo, nem por crueldade e exploração. Nenhuma criança deverá trabalhar antes da idade mínima, nem será levada a fazer atividades que prejudiquem sua saúde, educação e desenvolvimento.


PRINCÍPIO 10º - A criança deverá ser protegida contra qualquer tipo de preconceito, seja de raça, religião ou posição social. Toda criança deverá crescer em um ambiente de compreensão, tolerância e amizade, de paz e de fraternidade universal.



Referencias:
Os direitos das crianças segundo Ruth Rocha – Companhia das Letrinhas
Mini Larousse dos direitos da Criança – Larousse Junior
http://www.fiocruz.br/biosseguranca/Bis/infantil/direitodacrianca.htm

sábado, 27 de fevereiro de 2010

Algumas palavras sobre o vídeo: “Novas fronteiras da subjetivação”

Benilton Bezerra Jr. Em sua palestra no programa Café Filosófico CPFL fala sobre a formação do sujeito desde sua formação genética e a interiorização dos parâmetros sociais. Ele cita três aspectos que colocam as pessoas como sujeitos, começando pelo biológico e chegando ao desenvolvimento social. Por meio dessa palestra podemos perceber que o papel da escola na formação e desenvolvimento do sujeito é muito mais complexo, pois as pessoas são sensíveis a percepções ambientais mesmo que ainda não saiba atribuir sentidos a elas. Então a escola deve estar muito mais atenta as necessidades para formação dos sujeitos, como seres que saibam reconhecer e atribuir valores sociais a formação humana e ter consciência dos seus direitos e deveres sabendo situar-se no tempo e no espaço. Cabe a escola ainda trabalhar com esses valores e oferecer aos alunos condições de reflexão para desenvolvimento moral social dentro da sociedade.
Benilton ainda faz comparações da formação do sujeito dentro das diferentes sociedades e as características da modernidade atual. Ele coloca que a sociedade atual está abalando as fronteiras de subjetivação até hoje respeitadas, com a idéia de decomposição da legitimidade e as conseqüências positivas e negativas que vem desenvolvendo.
Esse vídeo é muito interessante confiram!

http://www.cpflcultura.com.br/video/integra-novas-fronteiras-da-subjetivacao-benilton-bezerra-jr-sao-paulo

BIBLIOGRAFIA: Café Filosófico CPFL, CPFLCULTURA. Evento do módulo Efeitos Psicológicos da crise. 27-05-2009, publicado em 09-11-2009

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Valores Morais e Educação

Marly Melo De Luca (*)


Serão o valores morais perenes? Eles dependem da Educação ou é a Educação que depende deles?

Essas questões sempre afligiam o homem, através dos tempos.

Se tomarmos por base a axiologia dos valores e a História da Filosofia veremos que tais perguntas tem tido respostas diferentes de acordo com várias correntes.

Se pensarmos em termos de Idealismo, teremos o Homem sempre, através do aprimoramento de seus conhecimentos, buscando uma postura ideal. E, nesse caso, o valor existe em si mesmo; o homem luta para atingí-lo. Se transferirmos isso para a Educação, o professor seria o conhecedor dos valores morais; ele saberia o que estava certo ou errado e seu discípulo aprenderia com ele, seguiria a sua trilha, na ânsia de atingir a perfeição.

Se no entanto, procurarmos responder a tal questão de forma subjetivista, pragmatista, o valor moral reside no próprio homem. As coisas que nos rodeiam são percebidas em função do valor que o homem lhes atribui.

Assim sendo, a Educação seria o veículo capaz de fazer brotar no Homem, sua capacidade de valoração. O professor seria apenas o orientador dos princípios que o aluno adotaria como seus valores morais, de acordo com seu sentir.

Numa terceira posição relativista e até certo ponto mais cômodos a relação Homem x Valor moral existe através das circunstâncias. Conforme o que a Sociedade necessita, psicologicamente, politicamente, economicamente, estará então o homem atribuindo mais ou menos valor moral a isso ou aquilo, por exemplo: casamento, bigamia, prostituição, educação, solidariedade...

Atualmente, a Educação se debate entre várias correntes. São muitas as posturas, dependendo da ideologia vigente. O mais difícil de se conseguir, no entanto, é o senso comum. Leis são redigidas, postas em prática mas, nem sempre, verdadeiramente vivenciadas. O professor tradicional vê-se apontado pelos modernistas, como se todos os seus valores não tivessem qualquer valor. Reagem, então, e atacam os progressistas, acusando-os de permissivos. E nesse duelo, o aluno fica sem entender muita coisa, principalmente porque a família também delegou muitas de suas atribuições a escola que , dia a dia, perdida no peso de seus encargos, está deixando escapar o valor dos valores morais mais perenes, com a desculpa de que eles não podem ser tão perenes assim porque devem-se adequar às necessidades.

Nesse contexto, qual seria então o papel da Educação, do educador e do educando?

Felix Cayela e Cayela, meu professor de Filosofia que há muito se foi, para filosofar em outra dimensão, afirmava (na década de 80) que:

“O educador é um ser que pensa.
O educando é um ser com direito de pensar.”

Felix Cayela


Quando se pensa, se fala ou se pretende fazer Educação não se pode agir em uma só direção. Temos que nos prender a dois aspectos: o de quem transmite educação e o de quem recebe educação. O processo é portanto bilateral. Tradicionalmente, pressupõe-se que o Mestre, por sua condição de mestre, pouco ou nada tem a aprender e muito deverá ter para transmitir. Por sua vez, o aluno, justamente por sua condição de aluno, deverá absorver de seu mestre os ensinamentos que lhe são passados.

Mas, em tudo isso, existe uma questão fundamental: quantas vezes o mestre se comporta como mestre; quantas vezes o aluno se mostra como aluno? Quantas vezes, ainda, nos conscientizamos de que Educação deve ser um verbo reflexivo, também.

Examinando as várias teorias filosóficas, conclui-se que, em qualquer tempo, lugar ou situação, só é mestre aquele que comunica ao educando a sua experiência; aquele que pensa e reflete junto com seu aluno; aquele que não vê só seu papel apenas como transmissor de conteúdos e valores mas o que é capaz de despertar, no seu aluno, o poder de reagir e refletir; aquele que é capaz de ver o “educando como um ser com direito de pensar” e de buscar sua autonomia no resgate da cidadania.

Ressignificar a prática docente, atribuindo ao professor o papel de mediador contribuirá, certamente, para que essas premissas se tornem cada vez mais próximas da realidade e que os valores morais e a Educação sejam uma constante na construção plena do cidadão.

(*) Marly Melo De Luca é carioca, mestre em Educação pela UFRJ, com experiência em Administração na Educação Infantil, Fundamental, Média e Superior, em Orientação
Pedagógica Educacional e também em Magistério e Diretora Geral do Instituto de
Pesquisas Avançadas em Educação.

retirado de:

http://www.ipae.com.br/pub/pt/re/ae/95/materia6.htm




quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Diversidade Cidadã e Educação

Com o advento das novas tecnologias surge a EAD, oportunidade para muitos excluídos, por diversos motivos, dos processos tradicionais de ensino. A EAD, para nós professores, vem oportunizar formação continuada, estudo sistemático, disciplina, troca de experiências, reflexões e mudança de práticas.

O conteúdo oferecido pelo curso Educação para Diversidade e Cidadania apresentou importantes fundamentações que levam à reflexões e revisão de conceitos, valores e postura pessoal e profissional.

Todos os temas apresentados foram de extrema importância para construir e formar ou transformar conceitos e valores antes arraigados, mas, o tema Introdução Conceitual para Diversidade e Cidadania aparece como reflexão para estarmos receptivos a todos os outros conceitos apresentados pois além de dar parâmetros ao leitor sobre os fundamentos para a diversidade em educação, fala de valores educativos, direitos a educação e a convivência na diversidade.

O conteúdo teórico para os conceitos de uma educação dentro da diversidade cidadã trás tanto as diferenças culturais, quanto as sociais, colocando o leitor frente às reflexões entre as desigualdades e as diferenças entre os seres humanos e levando-o a perceber que as diferenças estão ligadas a conceitos e preconceitos e que o sujeito considerado diferente, é aquele que não se enquadra dentro dos paradigmas aceitos pela maioria da sociedade. Historicamente a sociedade formou seus modelos a custa de relações de poder e submissão. O diferente está relacionado com aceitação, e com o que estamos acostumados ou não. Já as desigualdades são produzidas materialmente, socialmente e em forma de preconceitos por meio das diferenças.
Referente aos direitos humanos, só o exercício da educação para diversidade é que pode mudar a postura das pessoas e fazer a diferença na vida de cada um, pois existe a lei que garante os direitos humanos, mas pouco conhecida e respeitada pelas pessoas. A escola apresenta fundamental função nesse papel, de educar para igualdade de direitos e propagar as leis, proporcionar reflexões críticas e preparar os indivíduos para igualdade de direitos sem preconceito.

Bibliografia:
Curso, Educação para Diversidade e Cidadania. Guia didático – Livro 2. EAD: 2009.